Empresas defasadas tecnologicamente correm mais riscos de perder funcionários

A chave para manter os profissionais de hoje produtivos e motivados em relação às suas funções e outros aspectos é garantir a eles tecnologias mais atualizadas. É o que aponta o The New Digital Divide – Transformação Digital no Ambiente de Trabalho, estudo realizado pela Unisys.

Segundo o levantamento, que entrevistou mais de 12 mil funcionários em 12 países em abril de 2018, mais da metade (52%) dos profissionais digitais em organizações tecnologicamente defasadas (slow tech) expressou frustração com seus empregadores em comparação com a parcela de apenas 3% dos funcionários de organizações líderes em tecnologia (high tech) – uma diferença de mais de 1.600%.

Ainda, o nível de frustração está diretamente relacionado à ameaça de perda de talentos: funcionários de empresas defasadas tecnologicamente (13%) são mais propensos a deixar seus postos e ir trabalhar em outro lugar quando comparados a seus pares em organizações líderes em tecnologia (apenas um entre 376 entrevistados). Isso é particularmente preocupante considerando que as organizações líderes represtaram apenas 37% de todos os funcionários pesquisados no Brasil.

Os equipamentos são a maior fonte de problemas para os funcionários de organizações slow tech, com 43% deles reclamando que são impedidos de serem mais produtivos por conta de dispositivos obsoletos, ou 169% mais propensos a se sentirem assim do que os que trabalham em organizações high tech (16%).

Eduardo Almeida, vice-presidente e gerente geral da Unisys para a América Latina, destaca que o cenário é claro: os profissionais estão à procura de soluções ágeis e modernas para poder trabalhar em qualquer local e quando estão em trânsito. “Em última análise, o custo de não atender a essa demanda tem consequências reais para os negócios.

Um número considerável de empresas está atrasado na curva tecnológica, colocando tanto elas quanto a economia em risco, do ponto de vista de retenção de talentos, eficiência e produtividade”, comenta.

Futuro

Segundo a pesquisa, quase metade (47%) dos entrevistados vê a inteligência artificial (AI) como a tecnologia emergente com maior potencial para transformar o ambiente de trabalho nos próximos cinco anos, uma parcela significativamente superior à média global (36%). No entanto, enquanto a maioria dos entrevistados citou familiaridade com AI, apenas 22% afirmaram compreender bem a tecnologia.

Fonte: Computerworld

18 de julho de 2018