Google é multado em mais de US$ 50 milhões por violar GDPR

Google foi multado em cerca de US$ 57 milhões por reguladores franceses por violar a nova Lei de Proteção Geral de Dados europeia, a GDPR.

Trata-se, segundo informações reportadas pelo Washington Post, da primeira grande multa contra uma gigante de tecnologia norte-americana desde que as novas regras passaram a ter efeito no ano passado. A nova lei, em vigor desde o dia 25 de maio, obrigou as companhias de tecnologia a repensarem suas práticas de coleta de dados, caso contrário enfrentam penalidades.

Na visão da principal agência de privacidade de dados da França, conhecida como CNIL, o Google falhou em informar a usuários como as suas informações pessoais são coletadas e o que a companhia faz com elas. A mesma agência diz que a companhia não obteve consentimento apropriado para o propósito de exibir aos usuários anúncios personalizados.

De acordo com a reportagem do WP, os reguladores franceses começaram a investigar o Google desde o primeiro dia que a lei passou a ter efeito. Outras empresas de tecnologia como o Facebook e suas subsidiárias, como o Instagram e o WhatsApp também entraram no radar da agência.

Desde que entrou em vigor a GDPR, o Google tem concentrado esforços para adequar suas práticas de negócio às novas regras. Entretanto, a CNIL declarou em comunicado que a operação do Google ainda conflita com as leis de privacidade e que “as infrações observadas privam os usuários de garantias essenciais em relação às operações de processamento que podem revelar partes importantes de sua vida privada, pois são baseadas em uma enorme quantidade de dados, variedade de serviços e combinações quase ilimitadas.”
Por sua vez, o Google respondeu dizendo que está estudando a decisão para determinar seus próximos passos. “As pessoas esperam altos padrões de transparência e controle de nós. Nós estamos fortemente comprometidos para entregar essas expectativas e o consenso exigido pela GDPR”.
Mesmo que usuários do Google possam modificar suas configurações de privacidade quando eles criam suas contas, os reguladores franceses dizem que não é suficiente, em parte por que as configurações padrão servem para o Google apresentar anúncios personalizados para seus usuários. Ao mesmo tempo, o Google exige de seus usuários que concordem com seus termos e condições de forma integral para criarem suas contas, uma forma de consenso que, para a CNIL, é falha uma vez que exige que usuários concordem com tudo para usar o serviço.

Fonte: IDG Now

21 de janeiro de 2019