Com mediação do VP de marketing e eventos da Assespro-RS, Alexandre Mota, a psicóloga Leandra Zamboni e o psiquiatra Nelio Tombini foram os convidados do webinar realizado na manhã desta quinta-feira (3) para discutir o tema: Emocional x Intelectual: o que pesa mais no ambiente de trabalho?
Para Tombini, o que conta mais é o aspecto intelectual. “O emocional as pessoas vão usar quando algo trancar”, disse. Já para Leandra, o intelectual é imprescindível, porém, com a quantidade de tarefas impostas às pessoas hoje, é necessário trabalhar em conjunto, com interações e trocas. “Nas organizações como um todo, poucas pessoas têm maturidade emocional. Os líderes que têm times precisam ter conhecimento emocional mínimo porque, do contrário, não saberão lidar com as adversidades. Acredito que os dois lados têm que andar juntos, mas olhando com muito carinho para o emocional”, defendeu.
Tombini explicou ainda que o aspecto intelectual é bem controlado pelas pessoas. “O que vai mal na vida delas é o lado emocional. Criam um clima de tumulto porque não têm intimidade com esse aspecto. E existe também certo preconceito com o mundo psicológico, em que não se dá muita importância. Exceto quando a pessoa adoece”, disse.
Leandra também comentou que as pessoas precisam se responsabilizar em relação às mudanças necessárias que cabem a cada um. “Vejo pessoas que passam a primeira barreira da intimidade, criando certa segurança psicológica, e que conseguem verbalizar o que sentem. Mas depois disso cada um tem que dar conta da sua parte e não transferir para o outro”.
Por fim, Leandra também trouxe um novo acrônimo, depois do “mundo VUCA“, que representa a atualidade, é o FANI: frágil, ansioso, não-linear e incompreensível. “Apenas dados, somente tecnologia, não resolve, senão a Covid já estaria solucionada. O centro de tudo é o ser humano”, concluiu.
Fonte: Vicente Medeiros
04 de dezembro de 2020
