Mercado de robôs colaborativos cresce 60% em 2018

De acordo com um relatório da Interact Analysis, a indústria do setor de cobots, ou seja, robôs colaborativos, já havia registrado em 2017 uma movimentação relevante de aproximadamente 400 milhões de dólares. Entretanto, 2018 apresentou números ainda mais importantes, com um crescimento de 60%, fazendo a movimentação ultrapassar 600 milhões de dólares. Boa parte dessa aceleração se deu devido à disponibilidade de robôs colaborativos de grandes fabricantes, como a Universal Robots (UR), uma das líderes do mercado.

A ascensão da demanda dos cobots é a mesma gerada por fatores que têm impulsionado a automação: a falta de trabalhadores qualificados disponíveis e custos trabalhistas crescentes. A expectativa é de que outros fatores específicos suportarão a elevação da demanda, como a necessidade de maior flexibilidade da automatização, a exigência de liberar mais espaço no chão das fábricas e de eliminar cercas de segurança utilizadas em robôs convencionais.

O mercado de cobots tem previsão de manter o crescimento anual na ordem de 60% pelos próximos dois anos. E as perspectivas futuras seguem positivas, com expectativa de taxa de crescimento anual composta (CAGR) estimada em 35% até 2027.

De acordo com o gerente da Universal Robots no Brasil, Denis Pineda, a demanda por cobots foi diversa e fragmentada em vários segmentos da indústria. “A aplicação no setor industrial possivelmente continuará pluralizada. No entanto, podemos afirmar que a maior parte da demanda vem de cinco aplicações principais: empacotamento/paletização, parafusamento, abastecimento/descarga de centros de usinagem, transferência de peças entre máquinas e inspeção”, destaca Pineda.

Apesar de os robôs convencionais ainda dominarem a indústria, foi possível perceber que esse mercado se retraiu no ano passado, e novos fornecedores continuam a emergir entre aqueles especializados em cobots, expandindo para novas frentes em que a automação não era possível. Isso explica, em partes, o crescimento elevado do setor de robôs colaborativos e as perspectivas positivas para os próximos anos.

Fonte: SEGS

22 de março de 2019