Outsourcing consultivo: a nova tendência do mercado de TI

Os processos de terceirização realizados pelas BPO companies, há tempos, já não são mais uma novidade no mercado.

Cada vez mais, empresas têm buscado estas companhias para dar conta de uma série de processos em seus negócios enquanto direcionam suas equipes para cuidar do core business das empresas.

Para termos uma noção do potencial deste mercado, basta pensarmos que, somente no último trimestre de 2017, segundo um levantamento da consultoria ISG, este segmento – especialmente quando pensamos em processos de TI – cresceu 45% a mais em relação ao mesmo período do ano anterior.

Dentro deste contexto, é importante notar a busca por empresas que ofereçam não só mão de obra e tecnologia, mas inteligência, unindo profissionais qualificados, especialistas, ao que há de mais inovador no mercado para dar conta de processos indispensáveis para a realidade de qualquer negócio. Processos estes que, na maioria das vezes, não fazem parte do hall de competências de uma empresa.

Podemos chamar esse perfil de terceirização de outsourcing consultivo. É dele que falaremos ao longo deste artigo.

KPO: um desdobramento necessário a um mercado em crescimento

Hoje vivemos em um cenário no qual a tecnologia é aplicada para dar agilidade e eficiência para toda uma série de processos empresariais. Tudo isso, naturalmente, gera ganhos de produtividade e redução de custos para as companhias.

Todavia, em muitos casos, para usufruir destes benefícios da inovação, precisamos de especialistas aptos a prestar consultoria sobre o potencial de uma ferramenta, treinar equipes sobre seu uso, indicar as melhores práticas; ou mesmo, conduzir, em ambientes externos, o uso da tecnologia nos processos de um negócio.

É neste contexto em que o Knowledge Process Outsourcing (KPO) surge, trazendo consigo o know-how necessário para o manuseio de todo o aparato técnico e suas respectivas possibilidades para a empresa contratante.

Ainda que seja um conceito relativamente novo no Brasil, na prática, o KPO já existe há tempos.

O profissional de KPO é aquele cujo serviço não se direciona mais ao desenvolvimento de softwares e sistemas padronizados de processamento de informação, mas sim, à pesquisa de mercado de seu cliente, ao data mining e à análise de público-alvo, de consumo e de demanda.

É o profissional que literalmente terceiriza sua perspectiva especializada para que empresas possam traçar seus passos com prudência, cautela e exatidão.

Mas qual é a necessidade de uma atuação consultiva por parte das BPOs?

Esta prestação de serviços que oferece, além de eficiência em processos, inteligência para uma entrega qualitativa, só tende a crescer no mercado. Uma metodologia KPO pode se estender para as mais diversas áreas: TI, passando pelo departamento dos Recursos Humanos, Financeiro, Compras, Faturamento, chegando até mesmo no campo jurídico e da gestão de contratos, por exemplo.

Uma assessoria deste nível nos processos de outsourcing pode contribuir, inclusive, para o processo de tomada de decisões da empresa contratante, na sua gestão de riscos, no planejamento de etapas que visem a conquista de novos nichos de mercado e até no fornecimento de uma previsibilidade financeira e econômica que deem base para o crescimento de um negócio.

O KPO na prática

Comumente, empresas de outsourcing consultivo investem em atividades interativas com toda a equipe de seus clientes, como palestras, programas de treinamento e contratação de coachs profissionais, os quais abordam diversos aspectos relacionados à dinâmica empresarial e às tendências de mercado, sempre buscando atualizar tanto um time quanto seus líderes.

Em outras palavras

O outsourcing consultivo é a complementação ideal do trabalho inicial do BPO: após a automação de seus processos operacionais, o KPO empodera ou dá suporte para que os líderes e profissionais da empresa contratante possam traçar o melhor caminho para suas empresas.

Com este apoio, um empresário terá não apenas a tecnologia a seu favor, mas também, a própria perspicácia e bagagem necessária para atuar com segurança e perspectivas positivas sobre sua indústria e claro, sobre a qualidade daquilo que oferece aos seus consumidores.

Fonte: Computerworld

14 de agosto de 2018