Pais estão otimistas com uso da Inteligência Artificial na saúde

A área da saúde é uma das mais beneficiadas pela revolução tecnológica e os pais da geração Millennial estão otimistas que isso terá um efeito muito positivo nos seus filhos – no caso, a geração Alpha (oito anos de idade para baixo), considerada a mais tecnológica. É o que indica a pesquisa Geração Inteligência Artificial 2018: 2º Estudo Anual de Pais Milennials de Filhos Alpha, realizada pela IEEE, organização técnico-profissional global dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade.

No Brasil, 31% dos pais da geração Millennial confiariam bastante em IA para diagnosticar e tratar seus filhos e 60% afirmaram que muito provavelmente permitiriam que seus filhos fossem submetidos a uma cirurgia conduzida por robôs.

“Os pais estão convivendo com a tecnologia e percebem que a qualidade do tratamento é superior com o uso destas inovações. As pessoas cada vez mais absorvem as novidades e se tornam defensoras dela”, comenta o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e membro do IEEE, Luis Lamb.

Ele mesmo admite que aceitaria que o seu filho fosse submetido a uma cirurgia robótica. “Eu sei que, para algumas intervenções, o robô pode ter uma precisão maior, desde que guiado por um cirurgião”, acrescenta.

Na Ásia, os pais são até mais propensos ao uso de cirurgiões robôs de IA para realizar cirurgias em crianças Alpha: China (82%) e Índia (78%). O levantamento do IEEE aponta que tecnologia que pode ser vestida, como um acessório, em breve será capaz de monitorar indicadores de saúde de pacientes. Isso permitirá que médicos e usuários compreendam melhor as alterações do paciente.

Os pais da Geração Millennial, em todo o mundo, demonstram estar mais confortáveis em permitir que seus filhos Alpha vistam tais equipamentos a partir da adolescência (33%). Entretanto, mais da metade (58%) colocariam tais acessórios em seus filhos a partir da primeira infância – no Brasil, esse índice é de 21%.

Especialistas indicam que futuramente quando as pessoas estiverem doentes poderão conversar com um equipamento de reconhecimento de voz (chatbot) que usará a IA para comparar os sintomas relatados com dados registrados num banco de doenças, mais o histórico do paciente e outros dados circunstanciais para recomendar um curso de tratamento a ser seguido.

No Brasil, 60% dos pais afirmam estar muito propensos a usar essa tecnologia para diagnosticar seu filho. Quando perguntados se confiariam nos médicos que baseiam suas recomendações em dados provenientes da IA para tomar decisões de vida ou morte em relação aos filhos da Geração Alpha, um terço dos pais da China (35%), EUA (31%) e Brasil (31%) dizem concordar fortemente. “Os sistemas de aprendizado de máquina estão altamente sofisticados, o que tem impressionado a todos e feito com que mais empresas e pessoas apostem na evolução das tecnologias de IA”, relata Lamb.

Fonte: Jornal do Comércio 

25 de julho de 2018