Privacidade de dados: Justiça dos EUA retoma pressão sobre Facebook

O juiz Joseph Slights, de Delaware, nos Estados Unidos, ordenou que o Facebook entregue emails de acionistas e outros registros que tratem sobre como a empresa de mídia social lida com privacidade de dados, depois que dados de 87 milhões de usuários foram acessados pela consultoria britânica Cambridge Analytica. Isso significa a retomada do pesadelo que consome o Facebook desde março do ano passado.

Para o magistrado, os acionistas demonstraram uma “base crível” para se inferir que os membros do conselho de administração do Facebook podem ter cometido irregularidades relacionadas a violações de privacidade de dados. Slights observou que o Facebook estava, no momento da violação de 2015 da Cambridge Analytica, sujeito a um acordo com a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC), sob o qual a empresa tinha prometido reforçar medidas de segurança de dados.

As alegações de uso indevido de dados de usuários do Facebook pela Cambridge Analytica, contratada pela campanha eleitoral de Donald Trump em 2016, levaram a uma série de investigações nos EUA e na Europa. A violação foi divulgada em março de 2018 e, mais tarde, a Cambridge encerrou atividades.

Em setembro do ano passado, acionistas disseram que processaram o Facebook para obterem registros relacionados à Cambridge Analytica e outras violações, e depois de eventualmente encontrarem irregularidades podem processar executivos e diretores da empresa por meio de uma chamada ação derivada. De acordo com a Agência Reuters, o Facebook não respondeu aos pedidos de esclarecimento.

Fonte: Convergência Digital – Cloud Computing

31 de maio de 2019