Valorização do dólar derruba gastos com TI, mas mercado deve se recuperar em 2020, diz Gartner

Os gastos com TI no Brasil totalizarão US$ 64 bilhões em 2020, um aumento de 2,5% em relação ao acumulado em 2019. De acordo com a última previsão do Gartner, os investimentos em Tecnologia da Informação no mercado brasileiro, este ano, deverão diminuir 4,6%. Para os analistas, o Brasil está seguindo o mesmo padrão do mercado global. Prevê-se que os gastos mundiais com TI chegarão a US$ 3,7 trilhões em 2019, um aumento de 0,4% em relação a 2018. No entanto, espera-se que o cenário de TI mundial se recupere em 2020, com crescimento previsto de 3,7%.

“Os ventos contrários à moeda estrangeira estão soprando forte em toda a América Latina”, diz John-David Lovelock, research vice president do Gartner. “No Brasil, especificamente, os gastos com TI estão sendo impulsionados pelo segmento de data center, pois a disponibilidade e a amplitude das opções de nuvem ainda não estão totalmente presentes”.

O complexo ambiente geopolítico global de hoje colocou a conformidade regulatória no topo da lista de prioridades das organizações. Os gastos gerais com segurança aumentaram 10,5% em 2019, com a segurança para Computação em Nuvem projetada para crescer 41,2% nos próximos cinco anos. “Não se trata apenas de manter os ‘bandidos’ de fora”, alerta Lovelock. “Trata-se também da necessidade crescente de estar em conformidade com tarifas e política comercial, direitos de propriedade intelectual e leis de privacidade, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais)”.

mercado global de dispositivos sofrerá o maior declínio nos gastos em 2019, uma queda de 5,3% em relação aos US$ 713 bilhões de 2018. Entretanto, a expectativa é que o segmento volte a crescer novamente em 2020, com um aumento de 1,2% (Tabela 1). “De maneira semelhante à forma como os consumidores atingiram o limiar de atualização para novas tecnologias e aplicativos, os gerentes gerais de tecnologia e gerentes de produto devem investir apenas na próxima geração de produtos que realmente os aproximem de se tornarem uma verdadeira empresa de tecnologia”, avalia Lovelock.

Fonte: TI Inside

01 de novembro de 2019