Como seduzir a ‘geração home office’?

A pandemia despertou nos jovens o gosto pelas atividades a distância. Diferentes pesquisas têm mostrado que parte da nova geração prefere o ensino remoto e também o trabalho a distância. Não é à toa que a nova safra de talentos que chega ao mercado de trabalho tem sido chamada de “Geração Home Office”.

Para citar apenas um exemplo, o relatório “People at Work 2022: A Global Workforce View”, divulgado em junho deste ano, mostrou que 70% dos jovens de 18 a 24 anos preferem pedir demissão a suspender regime de home office.

Estes movimentos colocam em xeque boa parte das estratégias de recrutamento e desenvolvimento das organizações. Em suas visões de longo prazo, as companhias criaram ferramentas e benefícios pensando em ter seu talento trabalhando próximo fisicamente, atuando em equipe e sendo acompanhado full time pelos gestores. A realidade tem se revelado desafiadora para estas empresas.

Reforçar estratégias que são mais fortes no trabalho presencial, como colaboração e uma rotina de atividades estimulantes, pode incentivar os jovens a trocarem o sofá de casa pelo escritório.

Como seduzir para vagas presenciais este jovem desejoso pelo home office?

Especialistas em Recursos Humanos têm se debruçado sobre o tema – e, boa notícia, descoberto estratégias eficazes. As jornadas flexíveis surgem como uma política de RH inteligente; ou seja, dar liberdade ao colaborador para que ele sugira os horários de sua preferência. Evidentemente, isso passa pelas necessidades da empresa, mas sinalizar que há esta oportunidade já é um bom começo.

Reforçar estratégias que são mais fortes no trabalho presencial também pode garantir a preferência dos talentos. Isso significa incentivar o trabalho em equipe, manter um clima organizacional estimulante e desafiador e preparar líderes inspiradores. Propor uma rotina mais dinâmica, que quebre a “monotonia” do escritório, também pode ser uma boa ideia. Há empresas intercalando momentos de intensa produtividade com pausas para atividades culturais, cursos e integração.

Tudo para que o jovem perceba que deixar o sofá de casa para trás pode ser ao mesmo tempo mais divertido e produtivo.

 
 
  • Fonte: Jornal do Comércio
  • Imagem: Freepik
  • 12 de julho de 2022