Como um só programa de computador levou empresa gaúcha a 17 países

Fundada em Novo Hamburgo, Systemhaus vende softwares de gestão específicos para curtumes

A coluna não perde oportunidade para destacar como é rica a diversidade de empresas no Estado. Por isso, quis saber o que havia levado a Systemhaus ao destaque na categoria Destaque Global do 50º Prêmio Exportação RS. E descobriu: com apenas um programa de computador, chegou a 17 países. Fundada em  Novo Hamburgo, em 1988, especializou-se na venda de softwares de gestão específicos para curtumes.

Após 15 anos de atuação e consolidação no mercado nacional, iniciou ao seu processo de internacionalização. Em 2003, foi contratada por um cliente do México, onde, mais tarde, montou escritório próprio. Em 2004, teve o primeiro cliente na Europa, e em 2005, na Ásia.  

— O foco sempre foi nos curtumes. Nosso único produto de venda é o Antara, um sistema de gestão específico que atua tanto na gestão industrial como na administrativa. O programa tem módulos de controle produtivo, de estoque, de custos — afirma Carina Kalinowski, gerente comercial da Systemhaus. 

A empresa tem hoje contratos em 17 países. Além da sede em Novo Hamburgo, tem escritórios em Portugal, México, Índia e China, onde atuam 65 colaboradores. 

— Essa presença permite visão global das necessidades dos clientes e do mercado e amplia a compreensão de mercado. Mesmo com as dificuldades da pandemia, conseguimos nos adaptar para voltar a crescer rapidamente. Em 2021, ampliamos a nossa equipe, e já em 2022 estamos colhendo ótimos frutos, como o próprio prêmio — destaca. 

A partir de 2019, a Systemhaus começou a aplicar no Antara as tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0, levando a operação dos clientes à internet das coisas (IoT). Desenvolve parcerias com centros de pesquisa e inovação, como a Universidade de Santa Cruz do Sul e a Unisinos, no Rio Grande do Sul, e o Senai Cimatec, na Bahia. 

A empresa de Novo Hamburgo busca dar atenção à sustentabilidade em sua atuação. Carina lembra que o setor já esteve envolvido em denúncias de poluição na região, e reforça que a rastreabilidade da produção é preocupação crescente dos clientes internacionais. 

— A rastreabilidade já é muito forte para a carne, mas cresce em relação à matéria-prima do couro. Grandes marcas já deixam de comprar material produzido em zonas de desmatamento, por exemplo. Desenvolvemos soluções para aumentar a sustentabilidade e a eficiência da produção, e garantir certificados ambientais internacionais de boas práticas — reforça a gerente comercial.

 

  • Fonte: GZH – Colunista Marta Sfredo
  • Imagem: Freepik
  • 13 de julho de 2022