Volta ao trabalho presencial e o retorno gradual

Conhecido como home office, o trabalho remoto acabou sendo uma imposição com a chegada da pandemia do coronavírus, que trouxe junto a recomendação de infectologistas e médicos especialistas de evitar saídas de casa desnecessárias, uso de máscaras, lavagem seguida das mãos e o uso de álcool em gel. Igualmente, evitar contatos físicos diretos com pessoas, inclusive nos locais de trabalho.

Daí a chegada do trabalho à distância, usando a tecnologia da internet. O que, de início, parecia algo não só estranho como difícil de ser aplicado, acabou entrando na rotina de empresas e trabalhadores, após um ano e meio de pandemia.

Mas agora, com o avanço da vacinação, volta-se a pensar no retorno ao trabalho presencial nas empresas, gradualmente. Há opiniões contrárias e favoráveis, tanto do lado dos empregados quanto das empresas, muitas delas com diminuição de custos básicos em relação à época em que as equipes atuavam completas no local de trabalho.

Segundo pesquisas, quem ainda está em home office espera voltar em até seis meses, principalmente na chamada geração Z, jovens com menos de 25 anos, e que são os mais entusiastas dessa ideia por acreditarem que o presencial vai impulsionar a carreira deles. Já os millennials, com idade entre 25 e 39 anos, são motivados pela oportunidade de colaborar pessoalmente e a socialização com colegas e clientes. Essa também é a percepção da geração X, que tem entre 40 e 54 anos, e a dos baby boomers, com idade a partir dos 55 anos.

A perspectiva de retorno é considerada positiva pelos jovens em especial, que encontram desafios para entrar no mercado de trabalho depois de se formarem no final de 2019 e ao longo de 2020 e 2021.

As diferenças entre gerações igualmente aparecem na percepção de ter um espaço exclusivo para as tarefas do dia a dia. Enquanto os mais novos gostam dessa divisão, os que têm mais de 50 anos não enxergam muita vantagem, assim como não acreditam que serão capazes de tirar proveito dos benefícios do ambiente físico quando comparado ao trabalho remoto.

Quanto aos baby boomers que poderiam retornar ao presencial, o levantamento mostra que a sensação de conforto associada ao período pré-pandemia, com o sentimento de que agora tudo parece como antes, é um dos principais fatores que os motivam a voltar. No entanto, a continuidade da pandemia e a falta de oportunidades no mercado são fatores que os desencorajam.

 
  • Fonte: Jornal do Comércio
  • Foto: Freepik
  • 30 de agosto de 2021