Transformação cultural é tema do RHTI de setembro

Em setembro, os participantes do RHTI aprofundaram o tema da transformação cultural com a apresentação de Lauren Aita, sócia e consultora da Artisan, empresa com 15 anos de atuação nessa área.

Lauren destacou que os resultados do negócio são gerados pelo comportamento das pessoas e estes são diretamente influenciados pelo exemplo das lideranças, que se materializam em símbolos e são institucionalizados em sistemas. “Na prática, a cultura se molda nesses sinais não verbais que mostram aquilo que é valorizado e tudo começa pelo exemplo da liderança”, observou.

Entre os exemplos, Lauren destacou situações como onde o tempo é gasto, onde o dinheiro é investido, o que ganha prioridade em tempos de pressão, quem é favorecido e por que, entre outros. “Se não resolvemos a mentalidade da liderança, gastamos um esforço gigantesco e se ilude que vai funcionar, mas as coisas não funcionam”, complementou.

A convidada também apresentou um caso ilustrativo que retrata o papel da cultura na organização. Por exemplo, um CEO que contrata pessoas capacitadas e incentiva a autonomia em prol da inovação, visando atuação integrada e ágil com foco no cliente para que no fim haja eficiência, valor, velocidade e pessoas engajadas. No entanto, se não houver uma mudança no exemplo da liderança, as pessoas pegam o que ela chamou de “underground”, ou seja, seguem a via da cultura. Assim, o que ocorre na prática é um cenário de pessoas sem norte claro e métricas de entrega, falta de clareza de papéis e responsabilidades, times que precisam cooperar atuando em metodologias de trabalho diferentes e pouco feedback sobre performance. Disso, resultam comportamentos como alta ansiedade para fazer mudanças, problemas de comunicação e distorções de comportamento construídas historicamente.

“A cultura é o atalho que a gente pega para fazer as coisas funcionarem na organização e todos entendem isso muito rápido”, destacou.

Lauren defendeu que é necessário mudar o sistema de trabalho e entender que não se trata de mudar ferramentas e práticas. “A grande mudança de mentalidade que precisamos é deixar de ver as pessoas como recurso e deixar de achar que as organizações usam as pessoas para gerar lucro”, disse. Para ela, a transformação cultural requer sermos revolucionários no ponto de vista em como vemos o trabalho e incrementais na execução com melhorias graduais e contínuas em comportamentos e artefatos.


Criado há seis anos e sempre realizando encontros mensais, o Grupo RHTI aproxima profissionais de RHs para tratar de discussões sobre o mercado de tecnologia e as melhores práticas em gestão de pessoas.

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