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Redescobrindo o Humano no Recursos Humanos

À medida que avançamos para um cenário corporativo cada vez mais orientado por dados e metas, cresce a preocupação de que o RH esteja perdendo sua essência humana. A priorização exclusiva da performance e da eficiência operacional pode estar afastando o setor de sua principal missão: cuidar de pessoas. E, cada vez mais, espera-se que o profissional de RH seja o elo entre metas e bem-estar.


Segundo pesquisa do LinkedIn Workplace Trends 2025, 62% dos profissionais de RH afirmam que a pressão por metas dificultou práticas mais empáticas e centradas no colaborador. Além disso, 41% dos trabalhadores relatam sentir que suas empresas falham em reconhecer ou escutar suas necessidades emocionais.O avanço da digitalização e da automação, embora tenha tornado processos mais ágeis, também impôs um risco: o distanciamento relacional. Ferramentas de RH baseadas em IA, sem a devida mediação humana, podem transformar o relacionamento com os colaboradores em algo frio e mecanizado.


A tecnologia, por si só, não é desumana — mas pode se tornar, se esquecermos quem está no centro das decisões. O verdadeiro desafio não está na IA, mas em como a utilizamos. Se o RH se distancia do colaborador em nome da eficiência, então temos apenas mais recursos, não mais humanidade.


Para reverter esse cenário, é preciso reposicionar o RH como protagonista da cultura organizacional, com foco em:

-Estratégias centradas nas pessoas, que integrem desenvolvimento, bem-estar e saúde mental;

-Liderança humanizada, que valorize escuta ativa, empatia e reconhecimento;-Comunicação transparente e participativa, reforçando a confiança e o pertencimento.Mas e se o próprio RH estiver adoecido? Se o setor responsável por cuidar das pessoas estiver operando no modo automático, anestesiado pela pressão por resultados e desconectado de sua essência? É hora de um olhar para dentro. Redescobrir o humano no Recursos Humanos não é apenas uma diretriz ética  é uma necessidade vital para a sustentabilidade das organizações.


Redescobrir o humano no Recursos Humanos é mais do que um retorno às origens — é um salto estratégico rumo ao futuro. Em um mundo onde a tecnologia avança em ritmo acelerado, o diferencial competitivo das organizações será, cada vez mais, a sua capacidade de cultivar relações autênticas, promover pertencimento e colocar as pessoas no centro das decisões. O RH que sobreviverá e prosperará  não será o mais tecnológico, mas o mais consciente. Consciente de que performance sem propósito é vazia, que metas sem cuidado são frágeis, e que nenhum algoritmo será capaz de substituir a potência de um olhar empático. O verdadeiro poder do RH está em lembrar que, por trás de cada número, existe uma vida. E é essa lembrança que transforma empresas em comunidades e resultados em legados.


Por Thais Garziera – Diretora de RH da Assespro RS

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